Argo seria uma bela ficção cientifíca aos moldes de Star Wars. Tinha tudo para ser gravado, isso se não fosse uma farsa criada pela CIA para resgatar seis diplomatas americanos que estavam escondidos na embaixada canadense no Irã. A ideia do filme existia, mas nenhum estúdio queria gravá-la. Essa é a história que o ótimo Argo que estreia essa sexta – feira (09) no país.
O filme se passa durante a chamada crise dos reféns em que o Xá Mohammad Reza Pahlevi havia fugido do Irã e se refugiado nos EUA. Os iranianos na época estavam revoltados com o governo pró-ocidente e com as torturas praticadas pelo Xá. O ano é 1979 e era o auge da revolução islâmica. O país é governado pelo religioso aiatolá Ruhollah Khomeini que havia entrado no lugar do Xá.
A população estava furiosa e era questão de tempo até que a população invadisse a embaixada americana. Dirigido por Ben Affleck – que parece ter encontrado o rumo ideal para sua carreira – Argo mostra essa parte da história. A embaixada americana é invadida e 54funcionários são feitos reféns. Para soltá-los os rebeldes pediam a volta do Xá para ser julgado no país, porém eles não sabem que seis funcionários escaparam e que se encontram na casa do embaixador canadense.
A CIA havia feito vários planos de fuga, mas nenhum parecia que ia dar certo. O agente Tony Mendez (interpretado por Ben Affleck) teve a ideia de criar um filme da forma que parecesse mais realista possível. Como desculpa de conseguir uma locução para a produção holliwoodiana, isso explicaria o porque dos americanos quererem entrar no Irã em plena crise política.
Argo é um dos melhores filmes de espionagem já feito, não o melhor, mas um dos melhores. É bem roterizado pela dupla Chris Terrio, Joshuah Bearman e chama a atenção a ótima direção de Ben Affleck que consegue impor tensão do início ao fim. Argo liderou em sua estreia nos EUA, não é para menos, vive-se uma tensão entre se o Irã está ou não produzindo armas nucleares, o Oriente passa pela primavera árabe e claro, é ano eleitoral nos EUA.
