No último sábado, dia 30 de maio, o jornal Folha de S. Paulo divulgou a pesquisa do Datafolha, que informava que junto às classes A e B, na cidade de São Paulo, a rede Cinemark foi a mais citada (por 48% da população) como a rede de cinema mais conhecida entre os paulistanos e eleita como o “melhor cinema da capital“. A noticia ainda apontava que na Zona Norte, a rede foi mais lembrada, por mais de 57% dos entrevistados desta região.

Lento tal matéria, resolvi colocar em prática um texto que a tempos gostaria de escrever, mas sempre me faltava um gancho para falar sobre ele. Infelizmente, não acredito que a rede Cinemark seja a melhor da capital, pois tive muitas dores de cabeça em minhas últimas idas aos cinemas da rede e olha, que os amigos que me conhecem, sabem que eu costumo ir com muita frequência ao cinema e para algo me tirar do sério, precisa muito.

Por causa das sessões lotadas, do mal comportamento de seu público e principalmente pelo mal atendimento, que vai desde a bilheteria até os funcionários que cuidam da sala e até da exibição do filme, venho vendo o quanto está difícil ir aos cinemas da rede sem acabar se estressando.

Gosto muito da iniciativa da rede de passar filmes clássicos em horários variados, aos sábado, domingos e quartas, um ponto mais que positivo da rede, que eu mesmo sempre divulgo e parabenizo por aqui, além dos filmes Disney, que são uma pedida para as manhãs de sábado e domingo, para os pais que não tem como entreter seus filhos ou para os fãs de animações do estúdio, como eu, que não cansam de assistir ao filme nos cinemas. Como gosto de ir ao cinema sempre nas primeiras sessões, já tive atendentes da bilheteria (não gosto de comprar em caixas automáticos ou pela internet), que primeiramente não sabiam das primeiras sessões e de gerentes que abrem o cinema faltando apenas 5 minutos para o início do filme. O cinema demora para vender o ingresso, a fila fica grande e as pessoas indecisas ou lentas acabam fazendo com que você tenha que correr para não perder o início do filme. Não acontece apenas com essas sessões especiais, já fui em filmes que estavam estreando e a bilheteria as vezes abria faltando menos de 10 minutos para o inicio dos filmes.

Não posso generalizar, o mal atendimento de alguns funcionários, mas posso parabenizar a simpatia de algumas atendentes que já me conhecem até, pois sou frequentador assíduo do Maravilhoso Mundo de Disney e do Cinemark Clássicos.

Outro problema que acaba deixando a desejar é muitas vezes a má vontade dos funcionários de alguns complexos, que mal olham para sua cara e alguns nem conferem direito seu bilhete, sendo você que tem que pedir o óculos 3D ou avisar qual filme você vai entrar para assistir. Não estou pedindo funcionários felizes e sorrindo para mim o tempo todo, mas sempre gostamos de ser bem recebidos nos locais que vamos, não é?

Já dentro da sala de cinema, já tive presente em sessões que atrasaram mais de 10 minutos, sem nenhum tipo de aviso (isso mesmo, tela sem passar trailers ou comerciais e o filme agendado para ser iniciado no horário), salas com todas as luzes desligadas com a sala já liberada para os consumidores (sendo que eu tive que avisar o gerente do cinema que a sala estava escura) e já tive o desprazer de ter a porta da saída de emergência (que fica abaixo da tela) aberta durante o início do filme, sendo fechada por uma das pessoas da sessão que se irritou com a luz que vinha da porta e deixava a tela iluminada e atrapalhando o filme, que já havia começado.

O filme começa e você pensa que não vai ter mais problemas? Grande engano, pois já tive presente em sessões que o filme foi exibido com som original (em inglês) e a legenda não estava aparecendo e o erro só foi arrumado, cinco minutos depois, quando uma das pessoas presentes, saiu para reclamar.

Filme acabando, quer coisa pior que as luzes começarem a se acender. Não estou falando delas acenderem durante os créditos, mas durante o filme mesmo. Mais de cinco vezes tive esse problema em diferentes complexos. O climax do filme está acontecendo na telona, as luzes se acendem e a tela fica mais claro dificultando a visualização do filme e principalmente da legenda. Nessa hora, você vai deixar a sala para avisar ou gritar para apagarem as luzes novamente? Pior foi durante uma pré-estreia, com a presença do diretor, elenco e convidados, que faltando mais de 15 minutos para acabar o filme, todas as luzes da sala acenderam e começou uma gritaria para que o cara da projeção se toca-se e apagasse as luzes. Essa ficou feia mesmo.

Gosto muito de algumas iniciativas do Cinemark e de sua programação que abrange os melhores filmes blockbusteres da semana. Pena, que dificilmente conseguimos ver alguns filmes de arte em cartaz nas telonas da rede, mas sorte que temos os cinemas de rua para nos trazer essa outra fatia do mercado cinematográfico.

Hoje, se alguém me pedir indicação de um cinema para assistir a um bom filme, dificilmente vou dizer o Cinemark. O indicaria pela praticidade de alguns estarem localizados em shoppings perto de metrô e linhas de trem, mas por sua qualidade, eu diria que não. Estou curioso para ver como é o atendimento das salas vips, pois só tive a chance de conferir as salas do Shopping Cidade Jardim, em eventos que estive presente. Em breve, quero visitar as novas salas do Shopping Lar Center e ver o atendimento, para ver se melhor a imagem do Cinemark, pois as salas comuns, eu não indico mesmo.

Ai você me pergunta, hoje, para você Léo, qual a melhor sala de cinema de São Paulo? É difícil responder, pois a maioria delas tem problemas assim como o Cinemark, mas sou sempre muito bem recebido nos cinemas Cinepolis JK (dentro do Shopping JK), no Caixa Belas Artes (localizado na Consolação, próximo ao metrô Paulista, linha amarela) e no PlayArte Splendor (do Shopping Pátio Paulista).

Se tudo der certo, a ideia para os próximos posts aqui no Cadê o Léo é dar dicas falando de pontos positivos e negativos em cinemas de São Paulo, pois acredito que como para mim, muitos aqui também amam cinema e não querem ter uma má experiência na hora de ver aquele filme que você estava louco para conferir na telona.

Como fã de cinema, espero muito que as próximas vezes que estiver num Cinemark, minha má impressão com os cinemas melhorem!

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.