Assim que o elenco foi escolhido, a produção estava pronta para começar. Os cineastas determinaram que, por questões logísticas, a maior parte do filme seria rodada na Califórnia, com duas semanas em Las Vegas, Nevada.

Fickman e o desenhista de produção David J. Bomba (que havia trabalhado nos filmes Ela é o Cara e Treinando o Papai“) desenharam cenários gigantescos que seriam construídos nos estúdios da Disney e também em locações. Genevieve Tyrrell, que havia trabalhado com os dois em Treinando o Papai (The Game Plan), criou os figurinos enquanto o veterano coordenador de cenas de ação, Scott Rogers (“Homem-Aranha 3”) trabalhou nas cenas de ação eletrizantes.

Uma nova ameaça foi criada para “A Montanha Enfeitiçada” (Race to Witch Mountain): o Sifão, um robô humanóide criado no planeta de Seth e Sara para ser um caçador impiedoso cuja missão é deter os adolescentes a qualquer custo. Para a criação do novo vilão alienígena que seria original e sinistro, a produção chamou os famosos fabricantes de máscaras de monstros Alec Gillis e Tom Woodruff, Jr., sócios na empresa de efeitos especiais Amalgamated Dynamics Incorporated (ADI).

A ADI criou e operou muitas criaturas memoráveis no cinema, dos animais da floresta em “Jumanji” (Jumanji) a seres alienígenas em “Alien vs. Predador” (Alien vs. Predator). Para o Sifão, os cineastas queriam um adversário durão e versátil que pudesse enfrentar fisicamente Dwayne Johnson, conhecido por suas cenas de ação em filmes como “O Escorpião Rei” (The Scorpion King) e “Bem-Vindo à Selva” (The Rundown), entre outros.

Nós concordamos que o Sifão tinha que ser um monstro real, não um efeito gerado por computação”, explica Johnson. “Então contatamos a ADI, que tinha o melhor histórico na criação de seres de outros mundos. Eles realmente fizeram um ótimo trabalho na criação dessa máquina de caça muito real de quase dois metros. Como ator, é muito importante poder ver com o que você está lutando, não só reagir a pontos em uma tela verde. Eu adorei porque o Sifão tinha muitas armas à disposição dele e isso o tornava um oponente muito especial para Jack Bruno.

O coordenador de cenas de ação (e diretor de 2ª. unidade) Scott Rogers precisava de um traje versátil para o Sifão de forma que o dublê dentro dele pudesse se mover facilmente e ficasse o mais confortável possível durante os longos dias de filmagem. O dublê Paul Darnell interpretou o Sifão em todas as cenas de ação, e Woodruff o interpretou em outras sequências.


Como já tinha feito cenas de ação com trajes semelhantes, eu sabia o que esperar”, diz Rogers. “Você precisa de um conjunto de habilidades especiais e uma personalidade que possa lidar com a claustrofobia e o calor. Além disso, você precisa interpretar. Por sorte achamos dublês como Paul Darnell, que tem uma habilidade fluida e suave para se mover e pular e, ao mesmo tempo, é forte o suficiente para fazer cenas de ação mais complicadas.

O Sifão foi criado com materiais leves tais como esponja e nylon, permitindo o máximo de movimento para o ator que veste o traje que esconde uma enorme variedade de armas. A versatilidade do traje foi útil para fazer cenas em que o dublê literalmente sai do chão. Outros desafios de Rogers no filme foram as intensas perseguições de carros, que os cineastas desenharam para que fossem comparáveis às sequências de “Supremacia Bourne” (The Bourne Supremacy) — algumas delas foram feitas pelo próprio Rogers.

Para a sequência em que Jack, Seth e Sara são perseguidos no deserto por três caminhonetes ameaçadoras, o próprio Johnson atuou em grande parte dela com a ajuda de um veículo dublê chamado Go Mobile, um carro-câmera especializado que integra o ator com a ação em vez de filmá-lo a partir de outro veículo. “Eu adorei estar amarrado naquele Go Mobile”, diz Johnson. “Scott Rogers desenhou todas as cenas de ação que me colocam literalmente bem no meio, especialmente as perseguições de carros. Eu fiquei feliz de poder elevar a ação para esse nível e fazer coisas que eu sempre quis fazer fisicamente.

Trabalhar com um ator fisicamente bem-preparado como Johnson foi um bônus para Rogers. “Eu normalmente tento fazer os atores parecerem estar melhor do que eles são de verdade”, diz Rogers. “Mas Dwayne é um atleta tão bom e tão rápido com as mãos que facilita para nós. Ele é contagiante também. Até Gugino perguntava se podia fazer mais e mais cenas de ação.”


Texto: Walt Disney Pictures Brasil

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.