FAZENDO MÁGICA

HORA DA HISTÓRIA – Artista de história sênior, Burny Mattinson, animador, diretor e artista de história veterano de 58 anos da Disney, que havia trabalhado como animador assistente no primeiro curta de Pooh do estúdio no ano de 1966 (Winnie the Pooh and the Honey Tree), inspirou-se em três das mais adoradas histórias de A. A. Milne para criar seu mais recente longa-metragem de animação. In Which Eeyore Loses His Tale apareceu na primeira coletânea de Milne de Pooh, Winnie-the-Pooh, em 1926. In Which Rabbit Has a Busy Day e In Which Christopher Robin Leads an Expotition to the North Pole apareceram no segundo livro, The House at Pooh Corner, em 1928.

EXCURSÃO DE CAMPO – No outono norte-americano de 2009, os integrantes da equipe criativa do filme (incluindo os diretores Don Hall e Stephen Anderson, o diretor de arte Paul Felix, o supervisor de layout Razoul Azadani e o supervisor de background Sunny Apinchapong) saíram em uma excursão para a Inglaterra. Eles visitaram a Floresta Ashdown, em Sussex, o cenário das histórias de Milne localizado a aproximadamente um quilômetro de onde o autor vivia. Lá, eles tiraram muitas fotos e fizeram aquarelas dos locais reais. Felix encontrou inspiração na luz natural da floresta e incorporou esse elemento em sua visão do filme.

UM CONTO SOBRE UMA CAUDA – Durante o curso do filme, os amigos de Ió tentam encontrar um substituto para sua cauda perdida. Entre os 17 itens que são sugeridos e experimentados estão: um balão, um ioiô, um relógio cuco, um cata-vento, um alvo, um guarda-chuva, uma cabeça de alce e um acordeão.

INSPIRAÇÃO MESTRE – Eric Goldberg, que supervisionou a animação do Coelho no filme, inspirou-se em filmagens do falecido presidente Richard M. Nixon para desenhar o personagem, e também em imagens do personagem Basil Fawlty, de John Cleese, do animador John Lounsbury (um dos Nove Anciões) e de algumas das folhas de desenhos originais fornecidas pelo animador veterano Burny Mattinson. Goldberg também supervisionou a pitoresca “Backson Song”, que é feita inteiramente no estilo giz em quadro-negro.

NASCE UMA ESTRELA – Há muitos anos, Wolfgang “Woolie” Reitherman, o diretor dos curtas clássicos e do longa subsequente, encomendou versões de brinquedos da gangue do Bosque dos Cem Acres que são mostrados no quarto de Christopher Robin. Burny Mattinson, sem saber da encomenda, fez o mesmo pedido à sua esposa, que criou uma adorável versão do Ursinho Pooh. Mas era tarde demais; a cena de abertura já havia sido filmada com os outros brinquedos. O diretor ficou tão encantado com a criação da sra. Mattinson, que perguntou se ele podia ficar com o boneco por um tempo (foram meses até que ele o devolvesse). Pooh voltou para a casa dos Mattinson, esteve ao lado dos filhos e depois dos netos – e morou num sótão empoeirado por algum tempo. “As articulações ficaram um pouco frouxas”, diz Mattinson, “mas ele ainda está inteiro”. Ele faz sua primeira aparição no cinema na cena de abertura live-action de Winnie The Pooh.

MANTENDO A REALIDADE – Como parte dos esforços para retornar ao visual e à sensação dos curtas originais, os cineastas também retornaram à abertura live-action, que é ambientada no quarto de Christopher Robin. Eles encontraram fotos do verdadeiro quarto de Christopher Robin e desenharam o cenário de acordo.

GRANDES EXPECTATIVAS PARA CORRESPONDER

SALTANDO PARA ALEGRIA – O supervisor de animação de Tigrão, Andreas Deja abraçou a oportunidade desenhar este exuberante personagem que foi originalmente animado pelo legendário artista da Disney, Milt Kahl (um dos Nove Anciões de Walt).  Embora eles nunca tenham trabalhado juntos, Deja considera Kahl seu mentor, e conhece seu trabalho praticamente quadro a quadro.

ALÇANDO VOO – Dale Baer, o supervisor de animação do Corujão, começou na Disney nos anos 1970 e animou o curta de 1974, Winnie the Pooh and Tigger Too. O mentor de Baer foi outro dos pioneiros gigantes de Disney, John Lounsbery, que foi responsável pela direção e animação do Corujão neste curta-metragem indicado ao Oscar®.

OUVINDO VOZES

A MISTURA PERFEITA – O elenco de vozes inclui alguns favoritos que retornam dublando seus personagens: Jim Cummings (Gnomeo & Julieta, A Princesa e o Sapo, Shrek) empresta sua voz para o Ursinho Pooh e o Tigrão, e Travis Oates (My Friends Tigger & Pooh,Tigger & Pooh and a Musical Too) faz a voz de Leitão. O elenco também inclui os novatos nos filmes de Pooh: Bud Luckey (Toy Story 3), como a voz de Ió; Craig Ferguson (The Late Late Show with Craig Ferguson), como a voz do Corujão; Tom Kenny (Bob Esponja Calça Quadrada), como a voz do Coelho; Kristen Anderson-Lopez (The Wonder Pets, da TV, In Transit, off-Broadway), como a voz de Can; Wyatt Hall, como a voz de Guru; e Jack Boulter, como a voz de Christopher Robin.

PERSONALIDADES MÚLTIPLAS – Demonstrando a incrível abrangência de suas habilidades vocais, Jim Cummings é o talento versátil por trás do Ursinho Pooh e de Tigrão. Além de fazer a voz de Pooh há mais de duas décadas, ele também fez a voz de outros personagens favoritos e conhecidos da Disney, incluindo Rei Louie e Kaa (de O Livro da Selva 2); Ed, a hiena de O Rei Leão ; e Ray, o vaga-lume heróico e romântico com sotaque da Louisiana em A Princesa e o Sapo. Cummings herdou a tarefa de dublar Pooh de Sterling Holloway, e assumiu a dublagem de Tigrão de seu amigo e colega, Paul Winchell.

APENAS GURU – Wyatt Hall, o filho de sete anos do diretor de Don Hall, foi recrutado para fazer a voz preliminar – ou temporária – de Guru. Hall diz que seu filho não se interessou a princípio, aceitou a oferta (depois de um suborno com um Transformer) e, no final, ganhou o papel como a voz oficial de Guru. “Mas podemos ter criado um monstro”, diz Hall. “Estávamos tentando dirigi-lo em uma frase específica e ele disse: “Eu não acho que Guru diria isso assim’”.

MISSÃO DOBRADA – Robert Lopez (Avenue Q, da Broadway) e a esposa Kristen Anderson-Lopez (Wonder Pets) fizeram canções originais para Winnie the Pooh. Anderson-Lopez também emprestou sua voz para Can.

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.