A moda das adaptações de livros para as telonas continua forte. Dessa vez a Disney aposta no best seller de Sophie Kinsella, Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, que chegou nos cinemas neste fim de semana e promete divertir tanto mulheres quanto homens. Leia a crítica a seguir, que também pode ser vista no nosso parceiro, o Pipoca Combo.

Julgando pelo pôster, muitos podem passar por Os Delírios de Consumo de Becky Bloom achando ser um filme fútil e voltado exclusivamente para o público feminino. Um grande engano, pois o novo longa-metragem da Disney além de apresentar um tema atual, o consumismo exagerado, vai divertir a muitos namorados e amigos que forem acompanhar mulheres ao cinema.

Baseado em dois livros da obra de Sophie Kinsella (Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e Becky Bloom: Delírios de Consumo na 5ª), essa comédia romântica apresenta o mundo glamoroso da cidade de Nova York, cenário perfeito onde a jornalista Rebecca Bloomwood, uma garota adorável e divertida, tem seus melhores momentos do dia fazendo muitas compras.

Certo dia ela se vê demitida de seu emprego e descobre que deve mais de 16 mil dólares em seus cartões de crédito, todo dinheiro gasto apenas em roupas e acessórios. Com tal problema, decide partir em busca de um emprego em sua revista de moda favorita, mas só consegue chegar à porta da revista até, ironicamente, conseguir um emprego como colunista em uma revista de finanças publicada pela mesma editora.

Apresentando uma visão totalmente diferente do que vemos nas colunas de finanças, Rebecca se destaca e acaba fazendo sucesso junto aos leitores da revista onde trabalha, apresentando muito mais vida a esse tema e fazendo com que as mulheres como ela passem a se interessar pelo assunto. Tal atitude desperta a atenção de seu editor, Luke Brandon (Hugh Dancy), que acaba acreditando em seu potencial, graças a sua ousadia. Quando tudo parece ir bem, ela volta a ter problemas, quando se vê forçada a fugir de um neurótico cobrador de dividas que começa persegui lá. Além disso, Rebecca nunca deixa de lado seu desejo compulsivo de compras.

A franquia de livros é um fenômeno internacional e conquistou diversos leitores devotos no mundo inteiro, que se identificam com a personagem, vivida no filme pela atriz Isla Fisher (Penetras Bons de Bico e Três Vezes Amor), que vai confundir a cabeça de muitas pessoas que podem achar ser Amy Adams, a protagonista de Encantada, que também viveu recentemente uma heroína ruiva do estúdio.

Não é apenas a aparência de Isla Fisher que faz o público confundi-la com Amy. No filme ,ela conquista logo na primeira cena em que aparece e estabelecendo uma identificação do público com ela ou, no mínimo, remetendo a memória a algum conhecido com o mesmo perfil. Afinal, de certo modo, todos são um pouco compulsivos às vezes.

O longa estreia num importante momento da atualidade, principalmente na vida dos norte-americanos, que vem vivendo todos os problemas da crise financeira e poderão com mais facilidade se identificar com a personagem, que acredita que comprar seja o melhor a se fazer para se sentir bem e feliz. Vale destacar que as melhores cenas são as de Rebeca mostrando seu lado compulsivo por compras, com direito a verdadeiras loucuras para se conseguir aquela bota ou luva que está em liquidação. Tudo sem cair na gozação, um acerto do longa.

Um ponto forte no filme são os figurinos. Há, evidentemente, alguma similaridade com O Diabo Veste Prada; previsível, pois a já consagrada figurinista Patricia Field foi responsável também pela criação do visual colorido e chamativo de Rebecca Bloomwood.

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é uma divertida comédia romântica que vai chamar mais atenção das mulheres por mostrar um pouco do universo feminino, mas em nenhum momento é um filme exclusivo para elas, se destacando como um divertido romance que tem o dedo do australiano P.J. Hogan, que surpreende a todos novamente dirigindo mais um filme que irá se destacar dentro do gênero, como aconteceu com O Casamento do Meu Melhor Amigo.

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.