Faltando apenas seis apresentações para o final de sua temporada, que acaba no dia 27 de setembro, você não pode deixar de conferir a peça EQUUS, em cartaz no Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618). Estrelada por Leonardo Miggiorin e Elias Andreato, a montagem tem Alexandre Reinecke na direção e é uma realização da Conteúdo Teatral.

O texto, vencedor do prêmio Tony, é um clássico dos palcos em nível mundial e traz uma trama de mistérios, sedução e questionamentos que nem sempre têm respostas. Durante todo o espetáculo, o público se pergunta por que um menino aparentemente saudável cegaria cinco cavalos?

Baseado em fatos reais, o texto prende a atenção do público do começo ao fim, seja pelo mistério, pela sensualidade, ou porque revela que nem tudo na vida tem resposta. A trama fala do psiquiatra Martin Dysart que investiga os motivos que levaram o jovem Alan Strang, filho único de um pai comunista e uma mãe religiosa, a cometer um crime. Nesta viagem, o psiquiatra acaba enfrentando seus próprios temores. Por meio da luta psicológica entre Alan e o Dr. Dysart os espectadores são levados a questionar conceitos de normalidade e paixão.

Com apresentações de quartas e quintas, com o preço popular de R$10 (setor 2) e R$20 (setor 1), o texto é um clássico do teatro mundial, vencedor do prêmio Tony. Foi encenado pela primeira vez em 1973, adaptado para o cinema em 1977 e indicado ao Oscar em três categorias – melhor ator, melhor ator coadjuvante e melhor roteiro adaptado.

O texto foi baseado em um relato de um amigo do autor Peter Shaffer. Ele lhe contou sobre o caso terrível, que abalara a sociedade local, durante uma viagem dos dois pelo interior da Inglaterra. Contado em menos de um minuto, a história, verídica, não revelava lugar, tempo ou personagens.  Um mês depois, seu amigo morreu e nada mais pôde ser perguntado. “Tudo que eu tinha era o seu relato de um acontecimento medonho, e o sentimento que isso despertou em mim. O que eu sabia, efetivamente, era que queria interpretá-lo de alguma maneira inteiramente pessoal”, informa o autor em nota sobre a peça.

Das muitas montagens que o texto já teve pelo mundo, três delas são brasileiras e merecem destaque. A primeira, de 1976, dirigida por Celso Nunes, tinha Paulo Autran no papel do psiquiatra e Ewerton de Castro como o jovem perturbado. Outra aconteceu em 1997, com Caco Ciocler interpretando Alan e, finalmente, em 2004, a montagem foi protagonizada por Otávio Augusto e Pedro Garcia Netto e dirigida por Luiz Furlanetto.

A recente montagem de maior projeção foi a inglesa de 2007, devido à polêmica gerada em torno do ator que interpretou Alan, Daniel Radcliffe – o protagonista da saga Harry Potter. O ator, aclamado por adolescentes de todo o mundo por conta do bruxinho, não só enfrentou o desafio de interpretação, exigido pelo personagem do texto de Shaffer, como também as críticas – inclusive de seus pais – por atuar em uma peça que exigia algumas cenas de nudez completa.

SERVIÇO
Local: Teatro Folha
Estreia: 06 de abril
Temporada: até 27 de setembro
Horários: quartas e quintas, 21h
Ingressos: R$10 (setor 2) e R$20 (setor 1)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

FICHA TÉCNICA
Elenco:
Elias Andreato, Leonardo Miggiorin, Patrícia Gasppar, Jorge Emil, Mara Carvalho, Léo Steinbruch, Gustavo Malheiros, Bruna Thedy e Fernanda Cunha.
Dramaturgia:
Peter Shaffer
Adaptação e Direção: Alexandre Reinecke
Cenários: André Cortez
Cenotécnico: Fernando Bretas (Onozone)
Figurinos: Renata Young
Iluminação: Paulo Cesar de Medeiros
Direção musical: Tunica
Preparação Corporal: Carol Mariottini
Fotografia:
Chris Ceneviva
Assessoria internacional: Claudio Erlichman
Coordenação de Produção: Isabel Gomez
Assistente de Produção: Manuela Figueiredo

Fotos de divulgação: Chris Ceneviva

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.