Para começar o dia, nada melhor que conferir algumas matérias muito interessantes que foram ao ar essa semana no site Animation-Animagic, o melhor portal de animação no Brasil, criado pelo meu amigo e jornalista Celbi Pegoraro. As cinco noticias abaixo se referem a algumas novidades sobre o mundo Disney, mas fica a dica de uma excelente leitura entrar no site e conferir outras matérias muito legais sobre outras produções em animação que estão virando noticia. Fica a dica!


“Walt and El Grupo” estreia em setembro nos EUA

A Disney divulgou que “Walt and El Grupo“, documentário de Ted Thomas (filho do animador Frank Thomas) sobre a viagem de Walt Disney pela América Latina em 1941, será lançado em 11 de setembro nas cidades de Nova York (The Quad Cinemas), Los Angeles (The Regent em Westwood) e Anaheim (AMC Downtown Disney).

O filme mostra como foi a viagem, resultado da Política de Boa Vizinhança do governo Roosevelt, que rsultou em filmes como “Alô Amigos” e “Você já foi a Bahia?” Em 25 de setembro, o filme estreia em Seattle e outras cidades norte-americanas ao longo das semanas seguintes. Um destaque é o belo pôster produzido pela Disney para divulgar o novo filme. A crítica de Bruno Rodrigues pode ser lida aqui.


Museu da família Disney abre em outubro

Anote aí mais um programa para o fã disneyano. Para quem vai aos EUA, não existe só as opções Walt Disney World em Orlando, Disneyland em Anaheim, e musicais da Broadway em Nova York. Dia 1º de agosto o Museu da Família Disney (Walt Disney Family Museum) em San Francisco, na Califórnia, começa a vender ingressos. A inauguração só acontecerá em 1º de outubro.

Tendo como responsáveis Diane Disney Miller (filha de Walt), Walter E. Disney Miller (neto) e o diretor executivo Richard Benefield, a obra de restauração do edificio e a construção do museu custaram US$ 110 milhões. Mesmo assim, o museu tem pouca repercussão, com muita gente perguntando mais detalhes sobre o funcionamento.

A novidade é que Roger Colton e Leo Holzer montaram uma página “Friends of Walt Disney Museum” no Facebook – lá é possível obter informações sobre as horas de funcionamento, preços de ingressos e como planejar seu passeio.

O museu deve operar muito parecido com uma atração de parque temático. Somente 240 pessoas poderão entrar por hora, com 60 novos visitantes entrando a cada 15 minutos. Desse modo, não há tumulto e as pessoas podem circular melhor pelos corredores. O museu possui tecnologia de última geração para ajudar a explicar a história de Walt Disney.

E se Jeffrey Katzenberg permanecesse na Disney…

O blog Disney History publicou informações de Jim Korkis sobre uma prévia para imprensa do longa de animação “Aladdin” em 1992. O então chefão Jeffrey Katzenberg anunciou uma série de projetos de filmes de animação na Disney, incluindo “King of the Jungle” que seria lançado no ano seguinte (o projeto em questão seria “O Rei Leão”, lançado apenas em 1994).

Entre os projetos anunciados, vejam só, incluía “A Odisséia de Homero” (que foi modificado para “Hércules”), “Sinbad o Marujo” (que seria produzido pela DreamWorks), “Pocahontas”, “Swan Lake” (que Katzenberg descreveu como uma história original tratando da mitologia dos dragões, “Song of the Sea” (sobre baleias), além de um projeto chamado “Silly Hillbillies on Mars”.

Todos estes projetos estavam em desenvolvimento junto com “Fantasia Continued” – na época prometido para junho de 1995 (como se sabe, o filme se transformou em “Fantasia 2000”, sendo lançado no fim de 1999). Esta versão de “Fantasia” teria pouca coisa nova – técnicamente apenas o segmento das baleias, do soldadinho de chumbo e um segmento abstrato ao som da 5ª Sinfonia de Beethoven (diferente da que vemos na versão final). Os segmentos seriam alternados com segmentos do filme de 1940.

O projeto “Silly Hillbillies on Mars” surgiu quando um artista da Disney leu errado o título “Os Martins e os Coys”, sobre o famoso conflito entre famílias retratado num curta da Disney da década de 1940. O artista pensou que se tratava de “Os MARTIANS (marcianos) e os Coys”. Segundo Jim Korkis, quando Jeffrey Katzenberg saiu da Disney em 1994 a maioria desses projetos foi extinta.

Anima Mundi 2009 traz especiais de “Coraline” e “Bolt – Supercão”

Dica para quem vai conferir o Anima Mundi 2009. Mostras especiais com bate-papo com profissionais dos filmes. Veja dois destaques:

A LAIKA traz uma apresentação especial de sua produção “CORALINE”. Roteirizada e dirigida por Henry Selick (“O Estranho Mundo de Jack” e “James e o Pessego Gigante”) – e baseado no livro de Neil Gaiman – Coraline, é o primeiro longa-metragem de stop-motion filmado e exibido em projeção estereoscópica 3D, cujo DVD está sendo lançado.

Antes de uma sessão do longa, teremos um bate-papo com Scott Tom, construtor de bonecos (trazendo alguns dos bonecos feitos por ele para o filme), e Mike Cachuela, co-supervisor de storyboard (veja na página workshop profissional).

Inspirado no premiado romance infanto-juvenil de Neil Gaiman, “Coraline” tem a estrutura narrativa e a atmosfera sombria das fábulas infantis tradicionais, como as dos irmãos Grimm. Segundo Henry Selick: “Alguns filmes da Disney, como “Branca de Neve”, “Pinóquio” e “Alice no País das Maravilhas” exploram o medo com muita eficiência.

Esse tipo de filme nos conecta com a tradição de contar histórias assustadoras em torno da fogueira.” Mesmo tendo que atender à complexidade de uma produção para projeção 3D, Selick decidiu manter a estética do stop-motion, porque “essa técnica é imperfeita, o trabalho é tocado pela mão do artista, você sente a força da vida. É impossível atingir a perfeição.”

Henry Selick (foto) nasceu em 1952, em Glen Ridge, Nova Jérsei. Começou a desenhar ainda criança, quando costumava dizer que tinha uma outra família na África. Foi nessa época que viu pela primeira vez os filmes de stop-motion de Ray Harryhausen. Formou-se na CalArts, onde conheceu Tim Burton, e depois trabalhou na Disney com Glen Keane. Dirigiu os longas-metragens “A Nightmare Before Christmas” (1993), de Tim Burton, e “James and the Giant Peach” (1996), além do curta-metragem “Moongirl”.

Scott Tom trabalhou com todos os aspectos da fabricação de bonecos e cenários para a animação stop-motion nos últimos 12 anos. Coordenou departamentos de fabricação de bonecos em programas de TV e comerciais, como “The PJ’s”, “Gary & Mike” e “Robot Chicken”. Em “Coraline”, foi chefe de fabricação de bonecos.

São Paulo
Data: Qua 22/julho às 21h
Local: Memorial Sala 2

“Bolt” (Making of): Os Estúdios de Animação Walt Disney dão vida à imaginação através de filmes de animação tradicional e digital. Uma equipe talentosa e diversificada, de todos os cantos do mundo, compartilha a paixão pela criação de filmes belos e memoráveis por meio da arte de narrar, da magia da animação e da tecnologia de ponta.


Explore o processo de criação do personagem principal de “BOLT”, com Renato dos Anjos (Supervisor de Animação) e Leo Sanchez-Barbosa (Modelador de Personagem). Bolt é um herói dos tempos modernos, que cresceu no set de um programa de televisão e acha que tem poderes incríveis – como um Super Latido devastador! Os animadores irão falar sobre a criação de Bolt desde o conceito de design original ao seu ‘look’ final de superherói!

São Paulo
Data: Sex 24 julho às 21h
Local: Memorial Sala 2


DreamWorks ainda não fechou acordo de financiamento

OK, não tem relação com a divisão de animação (hoje independente), mas vale pelo valor histórico do potencial acordo de distribuição com a Disney, por sinal inicialmente anunciado em fevereiro.

Segundo Alex Dobuzinkis, da Reuters, um financiamento de US$ 825 milhões (R$ 1.5 bilhão), liderado pelo conglomerado indiano Reliance ADA Group, pode ir para o estúdio DreamWorks, fundado pelo cineasta Steven Spielberg e seus sócios David Geffen e Jeffrey Katzenberg.

O estúdio e o Reliance anunciaram uma parceria no ano passado, mas o acordo ainda não foi finalizado. O objetivo é que o DreamWorks comece a produzir filmes com tal financiamento ainda neste ano. As negociações sobre este financiamento começaram em fevereiro, quando o estúdio informou que a Walt Disney Co poderia distribuir seus filmes.

O acordo prevê que o DreamWorks produza de cinco a seis filmes por ano. O financiamento de US$ 825 milhões é na verdade composto de US$ 325 (R$ 630 milhões) diretamente do conglomerado indiano, mais US$ 325 milhões (R$ 630 milhões) captados em bancos e US$ 175 milhões (R$ 339,2 milhões) da Disney.

No entanto, o montante final pode ainda aumentar se o DreamWorks captar ainda mais com os bancos. Dependendo deste valor, o Reliance pode subir seu aporte para até US$ 550 milhões (R$ 1 bilhão). Reliance e DreamWorks trocaram comunicados sobre a possibilidade de acordo, mutuamente elogiando um ao outro, mas uma data para o acordo final ainda não foi divulgada. [crédito da imagem: Ambrosia]

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.