Texto de Luis Guilherme Virgílio Fernandes

Power Rangers surgiu como uma série que retratava um grupo de “adolescentes com atitude” que foram escolhidos para proteger o universo das garras da terrível Rita Repulsa. A estes jovens foram dados a capacidade de “morfar” e super-robôs chamados de Zords. Muitas crianças na década de 90 saíram correndo da escola para não perder nem um minuto dos episódios. E quem nunca brigou com o coleguinha por conta que qual Power Ranger seria nas brincadeiras, que atire a primeira moeda do poder!

O novo filme tinha uma grande responsabilidade de agradar essa geração que cresceu com os Rangers, mas ao mesmo tempo também angariar uma nova legião de fãs e assumir um tom um pouco mais maduro, balanceando 5 (no mínimo) histórias de origem, inserindo novos elementos e ao mesmo tempo ser fiel ao material original. Eram muitas variáveis na equação, e muita coisa poderia dar errado. Mas felizmente, não deu!

Tudo parece funcionar bem neste filme; o diretor Dean Israelite entrega um produto final bem equilibrado, com bons momentos de humor, aventura e até um pouco de sustos. As cenas de ação, mesmo que poucas, são bem executadas, orgânicas e trazem um estilo de luta individualizado de cada protagonista.

E por falar nos protagonistas, todos os 5 jovens estão muito bem nos papeis (com destaque para R.J. Cyler, no papel de Billy), trazendo uma profundidade aos personagens (o que não existia na série) que nos cativa logo nos primeiros minutos e gera uma certa identificação, pelo menos com algum deles, uma vez que a diversidade é bem retratada e trabalhada de maneira natural.

Mesmo para quem está familiarizado com a história da série, o longa traz boas surpresas e novas facetas de velhos personagens, mas não vamos estragar as surpresas.

E o fan servisse está lá! Desde aparição de atores da série original até a famosa música “Go Go Rangers” e “É hora de morfar”, o filme é um prato cheio para os fãs. E mesmo que as melhores cenas de ação fiquem para o terceiro ato e sejam mais breves do que gostaríamos, fica claro que mais ação está sendo reservado pros filmes vindouros da franquia, como já sugere a cena pós-crédito.

Pode ir ao cinema sem medo, seja você fã ou não, que um bom divertimento está garantido! Go go!

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.