Olá meus amigos, tudo bem?

A partir de hoje, todas as quintas, o Cadê o Léo?! terá uma coluna especial chamada #TBT, onde vamos relembrar algumas coisas bem legais que aconteceram anos atrás.

Hoje, dia 18 de junho, comemoramos o aniversário de 21 anos do clássico da Disney Animation Studios, Tarzan (Tarzan), longa-metragem de animação que estreou nos cinemas norte-americanos no dia 18 de junho de 1999 e no Brasil algumas semanas depois, no dia 02 de julho de 1999.

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Muito já falamos da qualidade do clássico, curiosidades e de sua trilha sonora que na versão original traz canções incríveis de Phil Collins e na versão brasileira interpretadas pelo incrível Ed Motta, que já havia trabalhado com a Disney em 1996, na trilha sonora de O Corcunda de Notre Dame (The Hunchback of Notre Dame).

Hoje, decidimos apresentar para vocês uma entrevista encontrada em nossos arquivos feita pela própria Disney Pictures do Brasil com o dublador nacional do filme, que estava publicada no site da Disney.com.br na época do lançamento.

Para quem não sabe ou não se lembra, quem deu voz ao protagonista desta aventura foi o ator brasileiro Eduardo Moscovis (da novela O Cravo e a Rosa e da série Louco por Elas), que falou um pouco da sua primeira experiência com dublagem e também a emoção de dar voz a um personagem tão importante que marcou uma geração.

A dublagem do animado foi realizada no estúdio Double Sound, no Rio de Janeiro, e contou com a direção de dublagem de Mônica Rossi e tradução de Garcia Júnior.

As canções tiveram direção musical de Marcelo Coutinho, que ao lado de Garcia também traduziram as canções para o português.

Confira abaixo o material divulgado pela Disney:

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Eduardo Moscovis, um dos atores mais queridos do Brasil, foi escolhido pela Disney para dar voz a Tarzan. Nesta entrevista, ele conta como ficou fascinado pelo trabalho de dublagem de animação e feliz por trabalhar com um personagem que foi referência em sua infância. Du fala ainda da inquietação que sentiu até começar a dublagem do filme e de sua admiração pelos filmes animados dos estúdios Disney.

DAR VOZ A UM PERSONAGEM DA DISNEY É MAIS QUE UM SIMPLES TRABALHO DE DUBLAGEM. COMO VOCÊ DESENVOLVEU A VOZ DO TARZAN DA DISNEY?

A Disney me convidou para dublar o Tarzan há alguns meses. Foi então que eu comecei a perceber melhor esse universo. Eles me emprestaram o filme original e eu procurei trabalhar com o que via na tela. O Tarzan que aparece no filme passa por uma transição da juventude para a maturidade. Além disso, ao mesmo tempo em que ele é forte e viril, tem um lado dócil, familiar com a mãe-macaco, com o pai que é o líder e com que tem uma dificuldade de aproximação. Essas são características de personalidade muito fortes, muito interessantes de se trabalhar.

VOCÊ SE SENTIU ESTIMULADO A FAZER ESSE TRABALHO?

Foi muito estimulante desde o começo. Quando fui convidado, eu estava fazendo a novela “Pecado Capital“, da TV Globo. Eu estava consumido quase que totalmente pela novela, mas quando soube da possibilidade de fazer o Tarzan, fiquei inquieto. Tive sorte de poder conciliar o final das gravações da novela com o trabalho de dublagem do filme. Tive que administrar essa inquietação, que é normal, dada a grandiosidade do projeto, do personagem Tarzan, o que ele significa para mim e para tanta gente. A minha infância foi muito marcada pelo Tarzan da televisão. O trabalho me estimulou também por ser um trabalho diferente, que eu nunca tinha feito e que nunca tinha imaginado fazer. Foi muito bom e eu gostei muito.

VOCÊ PODERIA DIZER QUE FEZ UM TARZAN PARA O PÚBLICO BRASILEIRO OU VOCÊ PROCUROU UM ENTENDIMENTO UNIVERSAL, QUE ALIÁS É A MARCA DA DISNEY?

Coloquei um pouco de mim nesse trabalho, mas não tem como fazer um Tarzan regional. O mundo todo conhece os trabalhos da Disney. É algo universal. O que eu tentei fazer, aliás nem tentei porque foi instintivo, foi seguir essa universalidade do Tarzan, tanto pelo personagem como pela Disney. É lógico que a fita dublada tem uma cara nossa pôr a gente falar o português, pelas músicas serem cantadas em português. Mas a ideia, a mensagem do filme, é universal. Todo mundo entende.

O QUE VOCÊ ESPERA DO RESULTADO FINAL DO SEU TRABALHO NO FILME?

Tenho uma expectativa grande em relação à aceitação do público. Eu me coloco no lugar do público porque fui um dos últimos atores-dubladores a colocar a voz nos personagens, então pude pegar o filme com quase todas as vozes. Eu fiquei muito emocionado. O original já tinha me dado um baque, já tinha me causado um impacto muito grande, porque o desenho é maravilhoso e a produção, muito caprichada. É absurdamente bem-feito. E todos nós, adultos, artistas e que participamos do filme, ficamos encantados. Eu tive que tomar conta de mim mesmo, para não me envolver demais. Mas eu não tenho a menor dúvida de que, como os outros filmes da Disney, o Tarzan vai ser um sucesso de aceitação de público pela qualidade do filme.

O QUE MAIS LHE CHAMOU A ATENÇÃO NO FILME?

Fiquei escutando a Suely Franco, que faz a mãe-gorila do Tarzan. O trabalho é lindo, as nuances de interpretação. Como você pode colocar a emoção, diferenciar uma reação de outra? Como você pode melhorar o que está sendo visto? São perguntas que você tem que se fazer. Tem uma imagem que já é bela, da gorila perdendo o Tarzan e, para completar a reação, uma vozinha, um suspiro… onde você coloca a voz ela ganha corpo. Isso é fabuloso. Esse trabalho de dublagem, que eu não conhecia, aliado à qualidade do material, é deslumbrante.

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Espero que vocês tenham gostado e semana que vem tem mais nostalgia aqui no momento #TBT.

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.